Em nova fase, Mizuno amplia presença na corrida
Parte da Vulcabras no mercado brasileiro, a Mizuno amplia o portfólio de tênis de corrida conhecidos como trainers, calçados de alta tecnologia que transitam dos treinos diários às competições. A marca japonesa acaba de incluir quatro integrantes à linha Neo: Aura, Aura Knit, Vortex e Pryzma. O lançamento ocorre na noite desta quinta-feira, 13, em evento no Parque Ibirapuera, em São Paulo.
Mizuno aumenta linha Neo, linha de tênis de treinos (Crédito: Divulgação)
A linha, até então, era composta por dois modelos internacionais: o Neo Vista, que chegou ao País no ano passado, e o Neo Zen, lançado no começo deste ano. Os novos tênis são fruto de uma parceria entre Mizuno global e regional, como uma forma de fortalecer a aderência da marca às especificidades dos consumidores do Brasil. Com produção nacional, os modelos serão vendidos a partir de R$ 599.
Conforme Márcio Callage, CMO da Vulcabras, a estratégia de investir no trainer é uma complementariedade aos produtos premium da marca, como o Rebellion Pro, com placa de carbono, destinado a corredores de alta performance.
“São tênis que não faziam parte da rotina do daily trainer, que é essa categoria de produto para usar todos os dias, ou seja, com volume. A linha Neo, quando foi lançada, inaugurou esse momento da Mizuno”, diz o executivo. O Brasil é o segundo maior mercado da japonesa no mundo.
Na descrição dos produtos, Aura e Aura Knit têm tecnologia EnerzyNXT na entressola, sendo o primeiro uma combinação entre amortecimento e retorno de energia para treinos intensos. O Vortex foi desenvolvido para treinos diários, unindo tecnologia Enerzy com palmilha supercrítica, o que promove altos níveis de responsividade e leveza. O Pryzma, por fim, tem a Enerzy na entressola, para aumento de amortecimento.
Tática da Mizuno
O trabalho ao redor da novidade envolve, de acordo com o CMO, “colocar os produtos no pé do maior número possível de corredores”. Para isso, além do Neo Day, nesta quinta, que reunirá atletas de elite, influenciadores, assessorias de corrida e lojistas parceiros, estão previstas ações em parques espalhados pelo País.
Nas próximas semanas, o Mizuno Running Station, espaço destinado experiência da marca na USP, se tornará o ponto de conexão com a comunidade para mostrar os novos NEO aos sábados. Além disso, a companhia também trabalhará no trade, com as vitrines dos principais pontos de venda ganhando material especial, mídia externa e conteúdo nas redes sociais.
Orquestração de marcas
Com a linha Neo, a Mizuno quer ganhar força em um território que é bastante conhecido pela Olympikus e sua expressiva família Corre. Neste ano, a brasileira está promovendo, entre circuitos próprios e patrocinados, 50 corridas em comemoração ao seu aniversário de 50 anos e, por isso, tem percorrido os estados e fortalecido a presença regional da marca.
Callage não acredita em uma sobreposição de marcas. Ele diz que o tênis de corrida é um tipo de “item de reportório no armário do corredor”. Logo, é natural que o consumidor possua calçados de diferentes marcas. Em um universo de 14 milhões de corredores no Brasil, conforme dados da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), existe oportunidade.
“As marcas habitam espaços totalmente diferentes no imaginário do corredor. Olympikus tem o propósito de democratizar o acesso à alta performance e a Mizuno é uma marca centenária de altíssima performance. Existe espaço para todo mundo”, reforça.
Com os novos Neo, para os treinos diários, o executivo pontua que a Vulcabras se utiliza da experiência que tem sobre a pirâmide de consumo local para “nacionalizar a marca internacional”. “Sabemos que o Brasil é um país de classe média, entendemos o quanto existe de potencial em cada faixa de preço, para compor o portfólio entre o que importamos e que produzimos aqui”.
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